quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

TEIXEIRA DE FREITAS. um exemplo brasileiro de municípios de médio porte em desordem urbana e ingestão política.


Estudos Preliminares
Plano de Trabalho
Plano de Mídia
Coordenações Setoriais
Propostas Urbanísticas



EQUIPE TÉCNICA



JOSEVITA TAPETY PONTES
NORMA MOMBERG CABRAL
            FRANCISCO DE ASSIS CORREIA BARRETO


SUMÁRIO



                                                                                                                             Pg.
1.     INTRODUÇÃO                                                                                                                          
            
2.     DIAGNÓSTICO - AVALIAÇÃO DOCUMENTAL E ESTUDOS PRELIMINARES                                                                     

3.     PROPOSIÇÕES INICIAIS
        
4.     PLANO DE TRABALHO                                                                                              

5.     REVISÃO DO PLANO DIRETOR                                                                      

6.     COORDENAÇÃO 
                                                                     
7.     METODOLOGIA

8.     ORGANOGRAMA DA GESTÃO DO PDP-TF

9.     COORDENAÇÕES SETORIAIS

10.  GRUPO EXECUTIVO

11.  PROGRAMA - AUDIÊNCIAS SETORIAIS

12.  PLANO DE MÍDIA

13.  LINHA DO TEMPO

14.  PROPOSIÇÕES. DESENHO URBANO

15.  RELATÓRIO PARCIAL DE ACOMPANHAMENTO

16.  ANEXOS



 1.     INTRODUÇÃO

O Planejamento e gestão da cidade – organismo vivo e em crescimento constante, é um processo permanente e contínuo. Trata-se da gestão de interesses individuais e coletivos que precisam entrar em harmonia na definição de um foco. Sem o foco que deve priorizar o interesse comum sobre os grupos e indivíduos, o processo torna-se um esquema de exploração, espoliação e marginalização capaz de fortalecer guetos e aumentar as diferenças.
O trecho da música do movimento Mangue Beat define a situação histórica das cidades brasileiras que cresceram sem planejamento e com gestão baseada no conflito de interesses: o público versus o privado em que o privado sempre vence a disputa.
A Cidade, local onde a vida humana se expressa em comunidade, reflete o processo de apropriação do solo, de acordo com a forma com a qual sua ocupação é exercida: de forma planejada, ordenada e justa, ou não.
Teixeira de Freitas, no momento de revisão de seu Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano encontra-se exatamente no entroncamento entre a decisão pelo crescimento ordenado ou o caos. São aproximadamente 170 mil pessoas compartilhando o espaço urbano de maneira permanente e mais de um milhão de pessoas transitando por ano no Terminal Rodoviário*[1], a compartilhar o mesmo espaço urbano em busca de serviços e produtos. Esse contingente de público faz da cidade um ponto de atração para investimentos e, ao mesmo tempo elemento complexo e complicador do desenvolvimento urbano. Entretanto, o comércio e a enorme circulação de dinheiro pode ser transformado no elemento de fortalecimento da gestão. Para isso é necessário e fundamental planejar o ordenamento da oferta de serviços e produtos de forma eficiente e ordenada, regida por Leis eficazes, capazes de propiciar qualidade de vida no caminho da equanimidade e da justiça social.
O solo, em tese, não tem valor comercial e é valorado em função das qualidades que as atividades humanas exercem sobre ele.
A Revisão do Plano de Desenvolvimento Urbano e realização do Plano Diretor Participativo, dentro da proposta do Governo Federal e do Ministério das Cidades, de conformidade com o Estatuto da Cidade, propiciará a Teixeira de Freitas uma gestão verdadeiramente participativa, capaz de atender aos anseios da sociedade em busca da valorização de cada potencial humano com equidade social e cumprimento da Função Social da Propriedade.


2.    DIAGNÓSTICO -  AVALIAÇÃO DOCUMENTAL E ESTUDOS PRELIMINARES.

A fim de exercer o planejamento urbano de maneira tecnicamente correta e eficaz, faz-se necessário identificar, de imediato, as quatro questões fundamentais do processo de planejamento: o que, como, quem e quando.

O que?

- Estamos planejando a gestão de uma cidade de 138.341 habitantes (IBGE. 2010), com área total de 1163,828 ha, onde a área urbana legal é de 7.659,74 ha e ocupação real de hectares ainda sem informação para efeito deste estudo.
A resposta a essa última questão definirá o dimensionamento e todas as ações a serem tomadas no interesse da melhor gestão do patrimônio de todos: o solo urbano e o solo rural de Teixeira de Freitas.
O mapa preciso do perímetro urbano real, justo e legal (devidamente, georreferenciado de acordo com as normas legais do processo brasileiro de Planejamento Urbano proposto pelo Ministério das Cidades) norteará todos os Planos, projetos, ações e interferências no modelo urbanístico de gestão a ser assumido pela Prefeitura Municipal.

A fim de planejar a ordenação urbana faz-se necessário considerar dados fundamentais na ordem a seguir:

1.     Mapeamento e Georreferenciamento.
2.     Leis e normas, dados e elementos de avaliação sobre o PDU em vigor.
3.     Avaliação Técnica da situação atual da área urbana – Diagnóstico Técnico.
4.     Estudo de propostas urbanísticas para solução problemas urgentes.
5.     Estudo de propostas urbanísticas para solução a médio prazo.
6.     Proposta de intervenção a longo prazo.
7.     Organização do processo participativo
8.     Elaboração de Plano de Mídia para inclusão social no processo e informação.
9.     Elaboração do Diagnóstico Comunitário.
10.  Elaboração do Plano Diretor.

Como será a gestão?

- Pretende-se um modelo de gestão participativa, evolutiva e permanente, conforme proposto no Plano de Governo da atual gestão municipal. A formação do Conselho da Cidade, instituído por Lei Municipal desencadeará o processo participativo, seguido pela elaboração do Plano Urbanístico e identificação das prioridades para investimentos e ações de interesse social.
Todas as propostas deverão contemplar os planos e processos já estruturados pelo Governo Federal e Estadual, de maneira a viabilizar recursos, parcerias e formas de ação consorciada, dentro da Sistemática de Gestão Urbana do MCIDADES.

Quem?

-  O processo de planejamento deverá expandir a participação social em todas as esferas de influência com definição clara de coordenação e comando para execução das ações planejadas e definir quem é o responsável pelas ações de planejamento urbano, qual a equipe que Executa, qual é organismo Consultor e quem são os Clientes a receber as Informações produzidas no processo de planejamento. Planejar, Executar, Consultar, Informar são, portanto os verbos de ordenação do Solo Municipal: Urbano e Rural.

Quando?

Diante da avaliação dos processos de ocupação do solo e gestão desses nos últimos 3 anos (conforme documentação encontrada nos sites do Poder Legislativo Municipal e dados colhidos nas Secretarias Municipais de Infra Estrutura e Administração de Teixeira de Freitas) avaliamos que o processo de planejamento deve orientar-se na seguinte ordem:
1.     Diagnóstico Técnico – Durante o primeiro trimestre da gestão.
2.     Diagnóstico Comunitário – Realizado até o final do primeiro semestre da gestão.
3.     Plano Urbanístico – Estudo realizado até o final do terceiro trimestre da gestão.
4.     Plano Diretor – Documento apresentado até o final do segundo semestre da gestão.

2.1.          Partido e Plano Urbanístico

O Partido e o Plano Urbanístico para Teixeira de Freitas juntamente com a revisão do Plano de Desenvolvimento Urbano levarão em conta o estudo da legislação vigente dentro do contexto socioeconômico, histórico e momento político do Município de Teixeira de Freitas, registros iconográficos, filmagens, entrevistas, audiências públicas, reuniões setoriais, observação do estilo de vida, fluxos e caminhos da população nas Zonas periféricas, Centro Comercial e localidades circunvizinhas: Teixeira de Freitas e a microrregião que a circunda.

O estudo preliminar do contexto urbano indica crescimento caótico e desordenado mediante a expansão urbana sem controle, apesar das propostas elaboradas pelo Plano Diretor Urbano de 2003. As ações de ocupação do solo urbano seguiram à revelia da gestão municipal e à revelia do Conselho do Plano Diretor constituído e regulamentado pela Lei Nº 310/2003 no seu Art. 7º.

O Partido Urbanístico que definirá o Ideário Teixeirense objetivará o ordenamento da Cidade de forma a possibilitar o cumprimento do determinado no Estatuto da Cidade: uma cidade ordenada, justa e equânime.

2.2.          Base documental

O estudo e discussões desenvolvidos nos primeiros 30 dias de avaliação (1 a 30 de maio de 2013) da situação da Zona Urbana e periférica da cidade levou em consideração:

A.     O Plano Diretor Urbano elaborado em 2003 instituído sob forma de Leis Municipais desse ano;

B.      Estudos elaborados pela Secretaria Executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Bahia, recentemente divulgados pela Secretaria de Relações Institucionais do Governo do Estado através da publicação do Plano de Desenvolvimento Sustentável da Costa das Baleias (2012);

C.   Relatório de avaliação elaborado pelo Observatório das Cidades, realizado em Novembro de 2008 sobre a legislação vigente (publicação 2010);

D.   Conjunto de Leis Municipais em vigor:

Lei Nº 419/2007. Estrutura Org. PMTF
Lei Nº 306/2003. Fundo Municipal de Habitação
Lei Nº 308/2003Novo Código Tributário e de Rendas PMTF
Lei Nº 310/2003. Plano Diretor Urbano PMTF
Lei Nº 311/2003. Loteamento
Lei Nº 312/2003. Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo PMTF
Lei Nº 313/2003. Código de Obras PMTF
Lei Nº 353/2005. Secretaria Mun.do Meio Ambiente PMTF
Lei Nº 421/2007. Mudanças Lei Resp. Fiscal PMTF
Lei Nº 423/2007. Concessão Cemitério.30 anos. PMTF
Lei Nº424/2007. CPDU. PMTF
Lei Nº 429/2007. Cria SEPLAN PMTF
Lei Nº 442/2007. Alterações Código de Obras PMTF
Lei Nº 515/2010. Cria Secretaria de Segurança Pública com Cidadania. PMTF
Lei Nº 516/2010. Gabinete de Gestão Integrada PMTF
Lei Nº 606/2011. Ampliação da área Urbana. PMTF
Lei Nº 033/2012. Normas Acessibilidade PMTF
Lei Nº 043/2012. Limpeza e Construção de Calçadas e Muros em Terrenos baldios
Lei Nº 049/2012. Condições para criação de Cargos em Comissão PMTF

E.   Documentação Cartográfica.

O mapeamento disponibilizado pelas Secretarias Municipais e que são utilizados para efeito de projetos, cobrança de impostos, gestão pública e planejamento, desatualizados, sugerem possibilidade de erros de dimensionamento das propostas e elaboração de projetos para reinvindicação de recursos junto aos Organismos financiadores dos Governos Estadual e Federal.

A atualização do Mapa Oficial da Área Urbana, contendo os imóveis territoriais e os prediais, devidamente georreferenciado, assim como a atualização do banco de dados desses imóveis junto à Secretaria Municipal de Arrecadação, Tributação e Finanças permitirá a efetiva otimização do gerenciamento do Solo Urbano com responsabilidade no interesse do cumprimento da Função Social da Propriedade conforme estabelece a Lei Nº 10.257/2001.



[1] *Fonte: folder de divulgação do projeto Pátio Mix Teixeira de Freitas
   

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